Morfossintaxe segundo Inez Sautchuk (cap. 1 e 2)

       Através dessas postagens iremos resumir em tópicos os capítulos do livro Prática de Morfossintaxe da autora Inex Sautchuk trabalhado durante nossas aulas pela nossa professora, seguindo assim de uma conclusão do que foi aprendido pelo semestre e como podemos aplicar esse aprendizado em nossa vida. Por isso fiquem atentos para as postagens dos nosso blog.

• Estudos gramaticais → 4 aspectos/áreas de estudo Fonologia, Morfologia, Sintaxe e Semântica
• A língua realiza-se mediante a interação e harmonia entre esses aspectos

• Hierarquia gramatical

MORFEMA – menor unidade significativa da língua, e combina com outros morfemas para      formar o VOCÁBULO (a palavra), que se junta com outros vocábulos para formar o             SINTAGMA, que se junta com outros sintagmas formando a maior unidade comunicativa      e significativa da língua, o TEXTO. 

Morfema → Vocábulo → Sintagma → Frase → Texto

• Unidade linguística ‘’frase’’ x Unidade linguística ‘’texto’’ → diferenciação pelo contexto ou situação de comunicação, ou seja, qualquer unidade linguística pode assumir um estado de ‘’texto’’ a partir do contexto. 

• Morfemas – lexicais (lexemas) e gramaticais (gramemas)

Lexemas (INVENTÁRIO ABERTO): Substantivos, Adjetivos, Verbos → representam o mundo extralinguístico

Gramemas (INVENTÁRIO FECHADO): Existem apenas no mundo gramatical  → palavras sem carga semântica representativa, com função somente de relacionar ou de estruturar o outro tipo de palavras (os lexemas). 

• Gramemas dependentes = não tem autonomia, compõem a estrutura de um vocábulo. Exs: afixos, vogais temáticas, desinências (nominas e verbais)
• Gramemas independentes = tem autonomia vocabular e sozinhos constituem uma palavra. Exs: artigos, pronomes, numerais, preposições, conjunções, etc.

        ✓Palavras carregadas semanticamente em relação ao mundo extralinguístico = substantivos, adjetivos, verbos e advérbios nominais 

             ✓ Palavras de funcionalidade gramatical = as demais categorias autônomas 

         ☆Nada na língua funciona sozinho, sendo necessário que se organizem ao menos em duas unidades 

      ☆Na língua as formas se definem em oposição a tantas outras que com elas mantenham a mesma função.

• Ao produzir um enunciado, articula-se duas atividades linguísticas básicas: a de escolha de uma forma e a de relação dessa forma com outra. A escolha se dá entre os dois arquivos (aberto e fechado), já a relação se dá pela relação dos eixos sintagmático e paradigmático, sendo:

    ⇾ Eixo paradigmático = conjunto de unidades em ausência no discurso

   ⇾ Eixo sintagmático = unidades em presença no discurso (se estabelece mediante leis de construção ou de relação da língua

O usuário da língua escolhe rapidamente (inconscientemente até) unidades de seu arquivo de palavras do eixo paradigmático e as liga no eixo sintagmático. 

• Existem características peculiares (de natureza mórfica e/ou sintática) a determinadas classes de palavras que permitem, em um determinado contexto, assegurando-nos de que se trata deste ou daquele tipo de palavra. A língua não funciona em relação a um único eixo. 

• Substantivo = é a palavra que se deixa anteceder pelos determinantes. Para reconhecer um substantivo, utilizamos o critério sintático para sua identificação e classificação. 
• Determinantes = Articulam-se somente com a classe dos substantivos. São eles: artigos, pronomes possessivos e demonstrativos, numerais cardinais e numerais (e os relativos cujo, e os indefinidos adjetivos algum/nenhum).

• Adjetivo = é toda palavra varável em gênero e número que se deixar anteceder por “tão” (bem ou muito). Em português, somente as palavras que são adjetivos aceitam o sufixo -mente, originando, desta forma, um advérbio nominal (exceto no caso de: primeiro, segundo, duplo e triplo). 

• Verbo = é a classe de maior riqueza formal e, por esse critério mórfico, é facilmente identificável. Somente os verbos admitem desinências número-pessoais/ modo temporais (-mos, -ei, -ra, -va).

• As palavras supostamente verbos não se deixam anteceder pelos determinantes ou pela palavra tão (ou aceitam o sufixo -mente) 
• Critério sintático para reconhecimento = somente os verbos se articulam com os pronomes pessoais do caso reto. 

• Advérbios = Classe de complexa descrição e classificação devido a sua acentuada mobilidade semântica e funcional. No eixo sintagmático funciona como satélite de um núcleo, por isso costuma -se caracterizá-lo inicialmente como palavra que se vincula a um verbo, um adjetivo, outro advérbio. 

• Constantemente surgem como intensificador do adjetivo ou como seu modificador
• Nunca se flexiona em gênero e/ou número 

• Advérbios modalizadores (geralmente com sufixo -mente) = funcionam como uma marca da posição ideológica e até mesmo emocional do falante. Ex: Provavelmente, todos serão punidos. 

• A estratégia de identificação do advérbio na frase associa critérios mórficos e sintáticos. 
• Genericamente, advérbio é toda palavra invariável em gênero e/ou número que se deixa anteceder por tão ou bem ou muito, dependendo do contexto)

• Demais classes de palavras:

• Interjeições = as palavras-frase, pois constituem, por si só, enunciados completos. Lançada entre os outros termos oracionais, não contrai relação sintática com nenhum outro termo, apesar de poder, sozinha, constituir uma frase/oração. 

• Funções adjetivas e funções substantivas:

• Muitas das palavras (lexemas) que pertencem paradigmaticamente à classe dos substantivos e adjetivos, por exemplo, podem variar de classificação conforme o contexto em que estão empregadas, isto é, de acordo com sua relação sintagmática. 
• Muitas palavras que pertencem ao sistema fechado da língua também podem funcionar ora na posição substantiva, ora na posição adjetiva (ex: classe dos pronomes e dos numerais).

• Funções genéricas dos gramemas independentes:

• Muitas das palavras que pertencem ao inventário fechado dos morfemas gramaticais independentes podem ser agrupados de acordo com alguns papéis fixos que vierem a exercer morfossintaticamente. É possível agrupar esses tipos de palavras em conjuntos genéricos como: 
• Determinantes 
• Substitutos (pronomes em posição substantiva, como os retos)
• Quantificadores (numerais cardinais, alguns advérbios e alguns pronomes indefinidos – em posição adjetiva – como muito e todo. 
• Relatores (preposições e conjunções)
• Auxiliares (verbos que participam de forma finita ou não finita de outro verbo, como ser, estar, ter e haver)

Grupo: D3173H4 - Francisca Herlayne S. Santos
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