MORFOSSINTAXE
Grupo: Bárbara Flor / Camila Grei / Flavia Brandão / Mayara Aparecida / Ronnie Gustavo

Introdução
O estudo da morfossintaxe abrange um
conjunto de regras em nível sintático e morfológico que padronizam a língua.
Esse padrão esta internalizado no falante de certo idioma, no caso o objeto de
estudo é a língua portuguesa, essas regras tem como finalidade padronizar a
língua para que haja compreensão e comunicação.
A Morfossintaxe é a análise feita às
orações em termos morfológicos e em termos sintáticos. Recorde-se que:
·
A análise morfológica analisa as palavras de uma oração individualmente, ou seja,
independentemente da sua ligação com as outras palavras.
·
A análise sintática, por sua vez, analisa conjuntamente a relação das palavras de uma
oração, ou seja, a função que as palavras desempenham na sua formação.
Conceitos importantes
Segundo
Martinet, ao descrever a língua devemos distinguir as unidades significativas e
as unidade não significativas, reconhecer os planos da estrutura linguística, o
do conteúdo (unidade significativa) e o da expressão (unidade não
significativa).
·
Primeira articulação; corresponde ao
léxico gramatical em que há preposições, palavras, raízes, afixos. (também
chamado de "plano do conteúdo)
·
Segunda articulação; As unidades
nesse plano são desprovidas de sentido. corresponde aos fonemas, acentos,
silabas. (também chamado de "plano da expressão)
OS
EIXOS SINTAGMÁTICO E PARADIGMÁTICO
No
eixo sintagmático se realizam as combinações e o eixo paradigmático ocorrem as
escolhas dos termos, sendo assim, o eixo sintagmático é chamado eixo da
combinação e o eixo paradigmático é chamado eixo da seleção.
HIERARQUIA
GRAMATICAL
Podemos
visualizar essa hierarquia gramatical, considerando a gradação da menor para a
maior unidade linguística, da seguinte forma:
Morfema
(garot- / -o)
Vocábulo /palavra (garoto)
Sintagma
(O garoto)
Frase/ oração (O garoto sumiu.)
Período (O garoto sumiu.)
Texto
(Enquanto a mãe trabalhava, o garoto bonito sumiu de casa.)
A
visão estruturalista da língua, proposta por alguns estudiosos, dentre eles o
que ficou conhecido como marco desse paradigma de pesquisa, Ferdinand de
Saussure (cujos estudos mais aprofundados encontram-se na disciplina de
Linguística Geral), propõe que toda língua tem sua forma, sua estrutura, suas
categorias, às quais chegamos pelo princípio de comutação, isto é, opondo pares
dessas unidades.
Como
no exemplo dado anteriormente, ao opormos “o” ou “a” enquanto artigos,
encontramos o masculino em oposição ao feminino. Ao realizarmos essa oposição,
estamos aplicando o princípio da comutação. Esse princípio auxilia a isolar, na
cadeia falada, as unidades linguísticas. Trata-se, portanto, de um ponto de
vista metodológico proposto pelo estruturalismo para um procedimento de
análise.
Segundo
Azeredo (2001, p.23), o estruturalismo
insistiu
nos aspectos distribucionais – posição na estrutura – e funcionais –
comportamento na estrutura – das unidades como meio de identificá-las. Por esse
prisma, um substantivo em português define-se, distribucionalmente, como uma
unidade que pode vir precedida de artigo e, funcionalmente, como uma unidade
que pode ser sujeito ou objeto. A evidente circularidade dessas definições se
deve a que as unidades da língua não têm existência por si mesmas, mas em
função de suas relações.
Como
podemos observar, é preciso deixar de lado algumas ideias propostas pela
gramática tradicional de substantivo, por exemplo, como “palavra que dá nome
aos seres em geral”. Nessa visão de estrutura enquanto “arranjo”, combinação no
eixo sintagmático a partir da seleção no eixo paradigmático, essas definições
oriundas de uma gramática filosófica perde espaço na descrição da língua.
MORFEMAS
LEXICAIS E MORFEMAS GRAMATICAIS
partindo
da ideia de que o morfema é a unidade minima significativa da língua, há ainda
a proposta de classificação feita por Sautchuk de que esses morfemas se dividem
em dois grupos
·
primeiro grupo; nomeia ou relaciona
os elementos básicos o mundo bissocial e/ou antropocultural. De acordo
com Sautchuk é por meio de recortes dessa realidade que se aprende esses três
elementos;
·
objeto: representado pelos substantivos.
·
qualidades: representados pelos adjetivos.
·
ações: representadas pelo verbo.
Sendo assim, o primeiro grupo constitui os lexemas da
língua portuguesa representadas pelos substantivos, adjetivos, verbos e os
advérbios nominais, palavras que são representadas semanticamente em relação ao
mundo bissocial e antropocultural.
·
segundo grupo; trata-se dos
morfemas que tem como função relacionar os elementos do primeiro grupo. os
elementos desse grupo são denominados gramemas ou morfemas gramaticais, além
dos lexemas, visto anteriormente no primeiro grupo, as demais classes de
palavras tem função apenas gramatical, são os gramemas , que remetem
exclusivamente à superfície linguística, constituindo oque se denomina
"inventario fechado", em oposição a inventário fechado, os lexemas.
·
função; essas classes correspondem aos
gramemas independentes e tem suas finalidades.
·
determinantes
·
substitutivos
·
quantificadores
·
relatores
·
auxiliadores
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