Estruturalismo Americano

O estruturalismo americano é a segunda corrente de estudos do Estruturalismo, que se tornou uma ciência após a divulgação do Curso de Linguística Geral, publicado em 1916 com base em anotações das aulas do Mestre da Universidade de Genebra, Ferdinand de Saussure.
Os estudos do estruturalismo americano datam de 1920 a 1950, e tem como principal influenciador Leonard Bloomfield, que fundamentou seu trabalho com base em teorias que seguiam o pensamento behaviorista, ou seja, o estudo do comportamento humano. Além de Bloomfield, vale ressaltar a influência de mais dois estudiosos da área: Edward Sapir e Zellig Harris.
O interesse dos americanos na área da linguística partiu da necessidade de estudar as línguas índo-europeias e indígenas, que eram consideradas ágrafas, ou seja, não havia nenhum tipo de registro gramático, sendo que existiam apenas de forma oral.
Em 1933, Bloomfield lançava o seu livro, considerado uma das obras mais marcantes do Estruturalismo Americano, "Language". A obra representa a contraparte da Linguística com o estudo do Behaviorismo. A partir de então, a língua começa a ser encarada como uma criação social, sem qualquer interferência do plano biológico. Ou seja, a aquisição da linguagem se dá através da imitação e repetição. A linha americana do estruturalismo era considerada independente dos estudos europeus, seguidos pelos ensinamentos de Saussure. Mesmo que parecidas na sua forma, os estudos europeus eram baseados basicamente em teoria, o que não acontecia com os estudos americanos, já que a análise das línguas ágrafas não necessitava de registros ou antecedentes gramaticais.
Quanto a Sapir e Zellig, ambos tiveram suas contribuições para a corrente americana do estruturalismo. Edward Sapir foi importante para o estudo da fonologia, depois da publicação de um artigo de sua autoria em 1925, o qual definia o conceito de fonema em termos de relação significativa entre os sons. Zellig Harris, por sua vez, ficou conhecido por seus estudos distribucionalistas, ou seja, a forma com a qual as palavras são distribuídas e sua relação com a posição que cada uma ocupa.
Já no final da década de 50, Noam Chomsky, aluno de Zellig Harris, fez duras críticas ao estruturalismo americano. Chomsky defende que a linguagem é inata, o que discordava das teorias behavioristas de Bloomfield. A partir das teorias de Chomsky, deu-se origem a outra corrente de estudos da línguistica: o Gerativismo.

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