Morfossintaxe segundo Inez Sautchuk (cap.3)



       Através dessas postagens iremos resumir em tópicos os capítulos do livro Prática de Morfossintaxe da autora Inex Sautchuk trabalhado durante nossas aulas pela nossa professora, seguindo assim de uma conclusão do que foi aprendido pelo semestre e como podemos aplicar esse aprendizado em nossa vida. Por isso fiquem atentos para as postagens dos nosso blog.

      Sintaxe = ordem, combinação, relação
            É a parte da gramática que se preocupa com os padrões estruturais dos enunciados    e com as relações recíprocas dos termos nas frases e das frases no discurso, enfim,   com todas as relações que ocorrem entre as unidades linguísticas no eixo            sintagmático (aquela linha horizontal imaginária)

      São as leis sintáticas que promovem, autorizam ou recusam determinadas construções, elegendo-as como "pertencentes à língua Portuguesa" ou como "não pertencentes"
            Ou seja, se as sequências (e suas extensões e transformações) forem permitidas na             língua, então essas sequências serão consideradas frases dessa língua; as sequências             que não forem permitidas serão não frases dessa língua.
            A sintaxe é o princípio construtivo e mantenedor da identidade da língua e, como tal,    tem sua importância alçada a de assegurar a própria capacidade comunicativa dos textos.

      A língua é formada pelo conjunto de morfemas lexicais e gramaticais, bem como pelo conjunto de regras e leis combinatórias que permitem a atualização dessas palavras na elaboração de uma mensagem.

      A Língua Portuguesa não perde sua identidade quando ao seu léxico, ao seu conjunto de lexemas, são adicionados outros de outra língua. Por uma razão muito simples: quando elas passam a ser usadas por nós, assumem nossas leis morfossintáticas, não as de seu idioma de origem.
            Para alterar a Língua Portuguesa a ponto de ela correr perigo de se transfigurar,           seria preciso alterar suas leis morfossintáticas, ou, principalmente, suas leis     sintáticas.
           
O campo de atuação da Sintaxe

      Os objetos de estudo da sintaxe são todas as relações que ocorrem no eixo sintagmático da língua.
      Frase = qualquer unidade linguística de comunicação que, do ponto de vista da oralidade, caracteriza-se por uma entonação própria da situação em que se realiza. Pode constituir-se em uma única palavra, uma interjeição (Que calor! Quem? Olá!) ou em enunciados mais complexos.
      Oração = frase que se presta a uma análise sintática de seus constituintes, liberta de seu contexto, e que deve exibir, de maneira clara ou oculta, um núcleo verbal. Reúne, na maioria das vezes, duas unidades significativas, chamadas sujeito e predicado.
      Toda oração pode ser frase, mas nem toda frase pode ser oração.
      Período = todo enunciado que se comportar como oração, podendo ser simples ou composto.
            Ex: Você vai ao baile? (simples) / Eu vou porque sou um ótimo bailarino. (composto)

A estrutura sintagmática do Português

      Sintagma é toda construção sintática que constitua um "bloco" significativo ou funcional que pode "mover-se" no eixo horizontal. Esse "bloco" é formado a partir de uma ou mais unidades linguísticas do nível imediatamente inferior, ou seja, por palavra:
  1. Pertencente ao arquivo aberto: como telefone;
  2. substitutiva: como ele;
  3. Combinada com outras do arquivo fechado ou do arquivo aberto: como meu telefone/ meu telefone vermelho.

            Obs. Qualquer falante da língua, ao processas enunciados escritos, o faz "dividindo" esses enunciados em blocos significativos que podem, inclusive, mudar de posição no eixo sintagmático. São esses blocos (ou "as combinações de unidades linguísticas de nível inferior") que constituem o que chamamos de sintagma.

      Funções sintáticas = originam-se das posições e das relações que os diferentes tipos de sintagma assumem entre si em uma oração.

      Força das leis sintáticas em uma língua = existem arranjos sintagmáticos mais próximos ou mais distantes de certo padrão linguístico em uso, o que resulta em uma maior ou menor familiaridade para o falante.

Tipos de sintagmas

Ex: Em certos dias enevoados, o sol de verão parece ficar muito fraco.
            parece ficar = núcleo verbal, com dois sintagmas anteriores e um posterior a ele.
            o sol de verão = o núcleo é o substantivo sol, ou seja, é um sintagma nominal
            muito fraco = o núcleo é o adjetivo fraco, ou seja, é um sintagma adjetival
            em certos dias enevoados = formado por uma preposição e um sintagma nominal         (dias), ou seja, é um sintagma preposicionado - SP = preposição + SN

      SN = é uma unidade significativa da oração que sempre terá como núcleo uma palavra de natureza (ou base) morfológica substantiva, podendo esse núcleo vir circundado por determinantes e/ou modificadores nominais
      SA = tem como núcleo um adjetivo que, da mesma forma como ocorre com o sintagma nominal, pode ser constituído apenas por esse adjetivo ou circundado por outros elementos, como advérbios intensificadores, modificadores adverbias ou sintagmas preposicionados.
      SP = preposição + sintagma nominal. Pode articular-se a um:
  1.             substantivo - como [sol de verão]
  2. adjetivo - como [favorável à saúde]
  3. verbo - como [preciso de ajuda]

      Sintagma Adverbial = o núcleo é um advérbio, ainda que essa nomenclatura geralmente não seja usada. Sintagmas com advérbios nuclear podem sozinhos constituir o sintagma (cedo, lentamente) ou vir acompanhado por um intensificador (muito cedo) ou um modificador (dolorosamente cedo).
            Funções adverbiais (como modificadores circunstanciais) também são     costumeiramente exercidas pelos sintagmas preposicionados, uma vez que    apresentam as mesmas características morfossintáticas e, inclusive, semânticas de     um advérbio.  Ex: A chuva cai cedo. / A chuva cai de manhã. / A chuva cai à mesma   hora.

      Sintagma Verbal = é um dos elementos básicos da oração, tem o verbo ou a locução verbal como núcleo, podendo constituir-se apenas por esse núcleo ou apresentar diversas configurações, quando acompanhado de outros tipos de sintagmas. Ex:
                        As crianças adormeceram.
                        O professor perdeu as provas dos alunos.
                        Todos podem precisar de mais dinheiro.
                        Os amigos enviaram condolências à família.
            É o único sintagma que não pode deixar de figurar em uma oração e, no eixo sintagmático, vai exercer sempre a mesma função, a de predicado. Apenas o sintagma adverbial, com núcleo advérbio, terá também uma função sintática fixa: a de adjunto adverbial.

      Sintagmas autônomos = Aqueles que se movimentam sozinhos no eixo sintagmático, nele ocupando diferentes posições e constituindo-se até mesmo, de outros sintagmas internos.
      Sintagmas internos = Estão contidos nos sintagmas autônomos, não tendo liberdade de se movimentar além do limite do sintagma que os contém, pois estão presos a algum elemento desse sintagma. 
      


Grupo: D3173H4 - Francisca Herlayne S. Santos
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N1940F4 - Julia Pinheiro de Campos
N1181H0 - Tuani Mariana Odilon

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