Sintaxe: importância e atuação

GRUPO: ANA GABRIELA PEREIRA SILVA / ERIKA DE OLIVEIRA FERNANDES / EVELIN JERONIMO DE CASTRO / ISADORA CAROLINE GONÇALVES PEREIRA 


sintaxe

/ss/
substantivo feminino
1.
gramática
parte da gramática que estuda as palavras enquanto elementos de uma frase, as suas relações de concordância, de subordinação e de ordem.
 2.
lingüística
componente do sistema linguístico que determina as relações formais que interligam os constituintes da sentença, atribuindo-lhe uma estrutura.
 3.
gramática generativa
componente da gramática de uma língua que constitui a realização da gramática universal e que contém os princípios e regras que produzem as sentenças gramaticais dessa mesma língua, pela combinação de palavras e de elementos funcionais (tempo, concordância, afixos etc.).

De origem grega sýntaxis, significa colocar em ordem, arranjar. Sendo assim, a sintaxe é o que relaciona ou combina as unidades linguísticas no eixo sintagmático (a linha horizontal imaginária).
A língua é resultado da soma entre morfemas lexicais e gramaticais, além de regras e leis que se unem, permitindo a emissão de mensagens. Ou seja, essas leis sintáticas que ditam tais regras (que autorizam ou recusam determinadas construções da língua), é que são as responsáveis pelo que pertence ou não à uma língua – o que será ou não uma frase ou não frase.
Segundo Sautchuk “a força e a importância dessas leis são tão relevantes que a elas se reserva a manutenção da própria identidade da língua”, isso quer dizer que a sintaxe pode alterar, permitir ou não uma combinação nova de uma frase por exemplo, dentro de um padrão linguístico.
São essas leis sintáticas que permitem a inteligibilidade dentro da fala escrita ou oral, sendo a sintaxe “o princípio construtivo e mantenedor da identidade da língua” (Sautchuk, 2010, p. 44).
Portanto, a sintaxe tem como objeto de estudo, as relações dentro do eixo sintagmático da língua, por enquanto, vamos nos concentrar na relação que existe entre as palavras que geram o que denomina-se sintagma e que ao se relacionarem entre si, geram orações, e como princípio, é necessária a distinção entre frase e oração:
FRASE → qualquer unidade linguística de comunicação que na oralidade tem entonação própria da situação em que se realiza (uma interjeição, é uma frase situacional, por exemplo, bem como as frases nominais – aquelas que não contém nenhum verbo, podendo ser formada por substantivo, adjetivo e pronome, como num título de livro, filme ou deste texto que estás a ler).
ORAÇÃO sendo constituída de pelo menos um verbo (denomina-se período simples) ou mais (período composto), é aquela frase que se torna passível da análise sintática de seus constituintes (denominado período – ou simplesmente aquilo que se inicia pela letra maiúscula e se finaliza com um tipo de ponto final); oração comporta sujeito e predicado.
“Toda oração pode ser frase, mas nem toda frase pode ser oração.”

EXEMPLIFICANDO

“― Isso mesmo! ― disse Alice.” (Carrol, Lewis – Aventuras de Alice no país das maravilhas, Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p.87) → observe que isso é uma frase situacional (não tem nenhum verbo, funciona como uma exclamação, tem sentido comunicacional).

“Amaro Vieira nascera em Lisboa em casa da senhora marquesa de Alegros.” (Queirós, Eça de - O crime do Padre Amaro, São Paulo: Modena, 1994, p. 30) temos aqui um período (convencionado de inicial maiúscula e final em pontuação que indica término) simples (frase constituída de apenas um verbo – se tem verbo, é oração).

“Uma melancolia suave se me erguia lentamente no coração, debaixo daquele céu puro, naquela atmosfera balsâmica, ante aqueles horizontes saudosos. As lágrimas rebentaram-me involuntariamente dos olhos.” (Herculano, Alexandre – Eurico, o presbítero, São Paulo: Editora Três, 1972, p.50) → aqui, temos um período (convencionado de inicial maiúscula e final em pontuação que indica término) composto (período pode conter mais de uma oração, nesse caso, temos um período composto de duas orações – não esqueça: o verbo é o que torna frase em oração), isso significa que em um parágrafo, temos dois inícios com letra maiúscula e terminados em pontuação final.

É fácil perceber assim que, somente as frases se comportam comunicativamente, são independentes do verbo, e capazes de substituir os elementos situacionais ou extralinguísticos. E por isso, as frases que compõem oração, são passíveis de análise de seus constituintes, podendo ser retiradas do contexto, sobrevivendo a qualquer situação.

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