O que é Morfossintaxe? E Por que estudar Morfossintaxe?

GRUPO: ANA GABRIELA PEREIRA SILVA / ERIKA DE OLIVEIRA FERNANDES / EVELIN JERONIMO DE CASTRO / ISADORA CAROLINE GONÇALVES PEREIRA 

Morfossintaxe nada mais é do que a análise das estruturas sintáticas e morfológicas das orações. De acordo com Sautchuk “Quando o falante da língua produz qualquer enunciado, está sempre articulando duas atividades linguísticas básicas: a de escolha de uma forma e a de relação dessa forma com outras. O ato de escolher realiza-se entre dois arquivos: o acervo que esse falante possui de unidades linguísticas que pertencem ao sistema fechado da língua (os gramemas) e o das unidades que pertencem ao sistema aberto (os lexemas) (SAUTCHUK, Inez 2018 p.7). Em outras palavras, morfossintaxe é o estudo simultâneo da Morfologia e da Sintaxe.
Lembrando que os gramemas são nas palavras de Sautchuk; “conjunto de palavras na língua que remete exclusivamente a um mundo gramatical (apenas linguístico) e é restrito à função de somente relacionar ou de estruturar o outro tipo de palavras”, (SAUTCHUK,Inez 2018 p.5) como por exemplo os; afixos (sufixos e prefixos), vogais temáticas e desinências, os artigos, os pronomes, numerais, preposições, conjunções. Ou seja, essas classes não representam nenhuma imagem mental representativa do mundo biossocial/antropocultural não possui portanto carga semântica representativa.
Já os lexemas possuem imagem representativa e carga semântica, é o caso dos substantivos, adjetivos, verbos e advérbios nominais que, de acordo com Sautchuk “poderíamos classifica-las como pertencentes ao inventário aberto já que tem a função de nomear a realidade e podem apresentar um crescimento continuo e teoricamente infinito de palavras em uma língua já as demais classes de palavras poderíamos classifica-las como pertencentes ao inventário fechado, uma vez que não se altera ou criam novos gramemas há muito tempo em nossa língua.”
Segundo Sautchuk “Há um princípio na língua que afirma: “nada na língua funciona sozinho”. Para que todas as unidades linguísticas a que nos referimos passem efetivamente a exercer qualquer função significativa ou comunicativa, é necessário sempre que se organizem ao menos em duas unidades”. (SAUTCHUK, Inez 2018 p.7). Sautchuk nos dá um exemplo: peguemos o radical “puro” livr-, somente com o radical não é possível formarmos um vocábulo autônomo, é preciso então a desinência do gramema dependente, como –o para que tenhamos um vocábulo (livro).
O estudo da Morfossintaxe nos auxilia na produção de textos, permitindo-nos a redigir textos muito mais elaborados dentro das regras da gramática normativa, como também nos possibilita um melhor entendimento e compreensão daquilo que escrevemos de como se estruturam os textos.

  • Abaixo temos um mapa textual que resume muito bem e de forma bastante simples e fácil sobre o que é estudado em Morfossintaxe:



Abaixo disponibilizamos alguns links de vídeo-aulas sobre o estudo da Morfossintaxe:
            https://www.youtube.com/watch?v=bDUp1cmJYH0 (vídeo aula Professor Francis Madeira)

https://www.youtube.com/watch?v=sqH2GyWIhow&t=31s (vídeo aula Professora Lúcia Deborah)


Referências:
LÍNGUA PORTUGUESA MORFOSSINTAXE E ENSINO, As vantagens em estudar morfossintaxe. 05 de novembro de 2012.Disponível em: http://apsmorfo.blogspot.com/2012/11/as-vantagens-em-estudar-morfossintaxe.html
SAUTICHUK, Inez. Prática da Morfossintaxe: Como e Por que aprender análise (morfo) Sintática 3.ed-Baueri, SP :Manole,2018.


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