Nossa língua portuguesa: estruturalmente falando...


GRUPO: ANA GABRIELA PEREIRA SILVA / ERIKA DE OLIVEIRA FERNANDES / EVELIN JERONIMO DE CASTRO / ISADORA CAROLINE GONÇALVES PEREIRA 

Toda língua é organizada e estruturada hierarquicamente, e no caso da língua portuguesa não poderia ser diferente. Gramaticalmente, as unidades linguísticas são representadas da seguinte forma:
MORFEMA → PALAVRA → SINTAGMA → FRASE/ORAÇÃO → TEXTO
Um conjunto de morfemas (dependentes – desinências, radical, prefixos, sufixos, etc.), forma a palavra, que em conjunto, formam os sintagmas (aqueles pequenos blocos) que ao se juntarem a outros, formam uma frase ou oração que por fim, ao se associarem (de modo que faça sentido e seja inteligível), formam o texto. Recapitulando isto, daremos como exemplo a palavra flor. Flor é um substantivo (nome de um objeto existente no mundo) dentro do eixo paradigmático de análise, mas que dependendo de sua função (quando relacionada a outra palavra ou sintagma) pode ser analisada sintaticamente.
Que isso infere então?
SINTAGMA → construção resultante da articulação de pelo menos duas unidades linguísticas, independentemente do nível de análise. Mas que neste caso, será qualquer construção sintática que forme um “bloco” ou um conjunto significativo que pode se “movimentar” dentro do eixo sintagmático.

EXEMPLIFICANDO:

Se combinarmos duas unidades de nível inferior (palavra, por exemplo), dentro do arquivo aberto da língua “flor”, de substitutiva “rosa” e combiná-la com uma outra do arquivo aberto ou fechado “bela”, teremos “bela rosa”, “a rosa é uma bela flor”, “aquela flor que recebestes era um rosa cheia de espinhos” e etc., porque estamos criando arranjos e combinações, que estruturam um sintagma, seguindo obviamente as leis e regras da língua, de acordo com a intenção do próprio interlocutor.

Essas pequenas unidades, ao se movimentarem, cumprem funções, o que denomina-se funções sintáticas, e instintivamente ou internamente, todo falante “sabe” ou “conhecem” os sintagmas que constituem a oração. Isso significa que automaticamente, o falante sistematiza um enunciado por partes, e por isso esses pequenos pedacinhos podem “andar” pelo eixo sintagmático. Mas claramente, esses blocos, ao assumirem outra posição numa oração, por exemplo, precisam obedecer a uma coisinha chamada “força das leis sintáticas em uma língua”, já que podem ou não se distanciar do padrão linguístico em uso, facilitando ou dificultando o enunciado, soando bem ou não pra um falante usuário da língua.

Comentários